terça-feira, 14 de junho de 2011

Poesia



Éramos, no princípio,
como um manso regato,
encontrando-nos entre vastos espaços
por brechas deixadas por distraídas pedras.

Eras água cristalina, o outro lado,
tua margem, onde sempre a tua suave correnteza
vinha descansar.

Eu ficava à espreita,
sentindo a tamanha combinação
de tuas águas cristalinas
com meu córrego de emoção.

E assim ficamos por muito tempo,
até que notamos que nossas águas
não mais poderiam se separar,
pois elas se fundiam,
juntas cresciam
e se expandiam num grande mar.

Fonte: Livro Porções de Amor (UFMBB)
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