sábado, 17 de abril de 2010

Porque eu desisti de servir aos pobres.

De um texto absolutamente devastador do insubordinado Claudio Oliver. Posso ter de processá-lo por massacrar sem dó as ilusões que venho alimentando tão ternamente há anos. Paulo Brabo

Claudio Oliver


Quem me conhece e sabe de toda minha trajetória de vida deve achar no mínimo curioso o título acima.Minha família tem como referência central as figuras de meu avô e minha avó paternos que foram fundadores do Exército da Salvação no Brasil. Vidas dedicadas a mendigos, prostitutas, e de maneira especial aos orfãos, enfermos e renegados. Minha paixão adolescente se viu conquistada por lutas contra a pobreza, a fome e a injustiça e desde quando me casei, há 25 anos atrás, estive envolvido com servir em favelas, a estudantes pobres, populações carentes, mendigos, bairros periféricos, desempregados e pessoas sem renda. Tenho no currículo o fato de ter ajudado a gerar renda, facilitar a organização de famílias, feito pontes entre ricos e pobres, alimentado pessoas e dado a oportunidade de que outros descobrissem profissões, estudassem e transformassem seu futuro. “Empoderar” as pessoas, foi um dia um dos pontos chave de minha prática de não criar dependência. Depois de tudo isso, sou chamado a questionar toda a vida e a desistir de servir aos pobres.


Ao longo da vida guardo o hábito de sempre perguntar se o que estou fazendo tem sentido, se diante de meu Senhor e Deus estou com meu coração alinhado à Sua vontade, se não estou errando o alvo. Sigo com disciplina a regra dos três “por quês”, que pergunta a cada resposta dada o tipo de pergunta que só as crianças sabem fazer e que me auxilia a gerar um vetor de mudança permanente, de auto-crítica e de realinhamentos pessoais. Assim, a cada etapa, ao fazer cada coisa pergunto: Por quê? E qualquer que seja a resposta, a ela de novo pergunto: Por quê? Me sinto no caminho quando aquilo que faço ultrapassar o terceiro por quê, e daí sigo adiante.


Já faz algum tempo me pus a refletir sobre a vida de Jesus, sobre o princípio da Kenosis, ou esvaziamento, baseado no texto de Filipenses 2:1-11, sobre a encarnação de Jesus na realidade e sobre os inúmeros contatos e conversas dele com gente tão miserável como os leprosos e tão ricas como publicanos, chefes de sinagoga e príncipes de seu povo; com famílias da classe média, com proprietários e com servos e mendigos. Sobre o que ele via e como agia. E tudo isso foi crescendo e me fazendo pensar no texto de Mateus 5, de ele dizer aos pobres que mantivessem suas vidas no caminho e animados por serem pobres, por que deles era a possibilidade de terem a vida dirigida e controlada por Deus e perceberem Sua boa e perfeita vontade.


Devagar, nos últimos anos, além da reflexão bíblica, tenho observado o quanto vários amigos extremamente sinceros vem e vão, se empolgam e começam a servir e logo se ocupam de volta com seus afazeres e preocupações. Vejo também com que freqüência alguns outros pagam para que alguém cumpra o serviço de Deus e fazem isso por tempos determinados e movidos da maior das sinceridades, ainda que de longe e sem envolvimento pessoal.


De uma outra perspectiva observo o quanto a pobreza se entranha na vida dos pobres, e quanto esta somente revela muitas vezes seu desejo mal sucedido de possuir, de ter acesso ao consumo destruidor de tudo, de como sua situação se constrói pela sedução das mesmas coisas que seduzem e destroem os ricos. O mesmo individualismo, o mesmo egoísmo, a mesma tendência a sentir-se confortável e identificado com a posse das coisas. E a adesão inegociável a um estilo de vida e modo de pensar que os prende ao mito da necessidade moderna, ao desejo mítico de evoluir e à submissão ao mito do desenvolvimento.


Igualmente a ricos, pobres e remediados, o mesmo convencimento de que o que precisam é de algo que o mercado, o dinheiro, o governo ou alguma agência pode lhes oferecer. Que serão felizes com a posse, com a pança cheia (uns com pão, outros com brioches) e com o fluir permanente do dinheiro que tudo pode e tudo resolve. E dentre estes, alguns bem intencionados estendem a mão para “incluir” outros no estilo de vida ou no patamar que alcançaram. À mão estendida de cima para baixo, chamamos serviço.


Descobri ao longo dos anos que a própria posição de servir aos pobres, de compromisso com a libertação, estava cheia de superioridade, daquele tipo de superioridade que se traduz por dar ao outro o que eu tenho, uma vez que sutilmente assumo com meus atos que o que eu tenho ou faço era o que ele deveria ter ou fazer, uma tradução percebida na sutil arrogância das tais políticas de “inclusão”, sempre buscando colocar o outro dentro da caixa onde vivo, incluído no meu estilo de vida.


Tudo isso foi me levando a desistir de servir os pobres. Ainda que nem de longe me alinhando com aqueles que a este ponto, do alto de sua riqueza, conforto e bem estar possam estar dizendo “ta vendo? É isso que eu sempre pensei.” Lamento informar a estes que nem de longe creio em seu estilo de vida separado do contato com o pobre, com o desvalido, o faminto, o nu, o feio, o mal cheiroso, o inculto e o bárbaro. Não me alinho com aqueles que pagam seus impostos ou contribuem para caridade dizendo assim estar cumprindo seu papel. Não é disso que falo. A estes continuo retransmitindo a mensagem de Jesus, confrontadora de seu estilo de vida cego, insensível e arrogante, uma mensagem que chama de loucura aquilo que estes chamam de segurança.


Desisti de servir os pobres por outra razão.


Desde 1993, quando saí para as ruas com um bando de meninos e meninas na direção das populações de rua, havia desenvolvido uma mística de, a cada saída nas noites frias de minha cidade, não ir encontrar mendigos, ou carentes. Sempre dizia aos garotos àquela época que eu nunca me disporia a servir pão a um mendigo, ou fazer-lhe a cama, ou vestir sua nudez. Nosso moto, naquele tempo, era “encontrando Jesus na pessoa do pobre mais pobre”. Servir, alimentar e vestir Jesus era nossa motivação, isso sim me animava. E descobrimos com aquelas saídas, que a cada encontro desse com um Jesus assim disfarçado, que os chamados miseráveis se transformavam em mestres, em denunciadores de nossa miséria pessoal, de desmascaradores de nossos mecanismos de manipulação e nos víamos, de repente, espelhados neles, usando as mesmas desculpas, mentiras e escaramuças para ter o que queríamos. Talvez com um pouco mais de sucesso, e certamente simplesmente com mais sorte social, e mecanismos de segurança. Mas descobrimos à época, que nós éramos eles.


Aqueles que se descobriram assim, se libertaram, cresceram e mudaram. Confrontados por Jesus e ensinados por ele no contato com suas próprias pobrezas e misérias, descobrimos, muitos de nós, o que eram boas novas. Naquele tempo, e daquele tempo, muitos fomos transformados pelo toque de Jesus e pela boa nova que ele nos tinha a transmitir como pobres que nos descobrimos.


No entanto, nem sempre esta mística foi mantida como chama acesa, voltei tantas vezes a servir aos pobres, a me deixar levar pela possibilidade de estar na posição de ajudador e fui me esquecendo muitas vezes de minha própria miséria.


Como disse acima, ficar longe dos pobres e julgar suas atitudes e descaminhos do alto do conforto de minha posição social superior não é a alternativa que exponho aqui. Ajudar os pobres, conscientiza-los e inclui-los se mostra um mito, mais um daqueles nascidos no desenvolvimentismo dos últimos 60 anos. A alternativa que apresento é outra, traduzida no encontro, no reconhecimento e na identificação.


Desisti de ajudar os pobres, de servi-los e de salva-los. E isso porque tenho re-descoberto uma verdade dura: a de que Jesus não tem nenhuma boa notícia para quem serve os pobres. Jesus não veio trazer boas notícias a quem serve os pobres, ele trouxe uma boa notícia aos pobres. Ele não tem nada a dizer a outros salvadores, a quem disputa com Ele o cargo de Messias, de Redentor. A agenda de Jesus só traz uma mensagem aos que se reconhecem pobres, nus, feridos, cansados, sobrecarregados, carentes e sem esperança. Aos demais, sua agenda tem pouco ou nada a oferecer


A única maneira de permanecer com os pobres é se descobrimos que somos nós mesmos os miseráveis, é
se reconhecemos a nós mesmos, ainda que bem disfarçados, naquele que está diante de nossos olhos. Ao encontrarmos neles nossa miséria, ao nos dar-mos conta de nossa carência, da desesperada necessidade de sermos salvos, ai nos encontramos com a agenda de Jesus.


Deus não se apresenta em nossa capacidade de curar, mas em nossa necessidade de sermos curados. Descobrir esta nossa fraqueza nos coloca sem nada para oferecer, servir, doar, mas revela nossa necessidade de sermos amados, curados e restaurados.


Por ai é que faz sentido que o poder que existe em nós não é o poder de nossas capacidades e riqueza, mas o poder residente em nossa miséria pessoal, tão bem escondida e disfarçada em nossas posses e estabilidade. Como diz Jean Vanier em um livro que li recentemente: “Somos chamados a descobrir que Deus pode trazer paz, compaixão e amor através de nossas feridas”


Como passou a fazer sentido o texto que fala do Messias, e que diz: pelas suas pisaduras, fomos sarados. Os demais messias tendem a escapar do exemplo de Jesus de esvaziar-se a tal ponto de ser um de nós, de morrer conosco e de abrir assim a porta da ressurreição para nós.


O poder que Jesus usou para nos curar e continuar curando não reside em seu acesso ao poder universal, mas em sua identificação conosco na cruz. Em se abrir em chagas e feridas, em se tornar um de nós, em viver nossa vida.


Desisti de servir aos pobres. Estou voltando a encontrar os pobres e me encontrar neles. Voltei a descobrir a miséria que se esconde nas vidas bem montadas de nossa falsa segurança. E com isso posso entender o Jesus que fala com leprosos e com ricos homens de negócios, com cobradores de impostos em suas festas e com enfermos miseráveis. Em sua identificação com todos e cada um Ele via o que talvez mais ninguém via: a extrema miséria e pobreza da condição humana, independente de qualquer status ou roupagem social.


Passei a reencontrar minha pobreza, a me ver em cada situação de miséria, e de me colocar em contato com minhas dores internas. Dali clamar por cura, libertação, comunidade e amor. Pedir misericórdia e ser restaurado.


Quem serve, serve de cima, Jesus nos chama a encarnar a nos vermos no outro e a nos colocarmos por baixo. A deixar de confiar em nossa capacidade e mudar o rumo para irmos ao encontro de nossas feridas e dores. De lá descobrir o poder que existe em sermos menos e não mais.


Desisti de servir aos pobres. Voltei a descobrir minha pobreza. E com ela posso clamar: “Filho de Davi, tem misericórdia de mim”





terça-feira, 13 de abril de 2010

Voltando a parte da minha vida que também tem propósitos aqui na Terra






"Doença que é comum ainda acontecer"

Doença Hemolítica Perinatal: Diagnóstico e Acompanhamento da Gestação


Embora tenha sido inicialmente descrita desde 1932, a Doença Hemolítica Perinatal (DHPN) ainda é responsável por elevadas morbidade e mortalidade perinatais. Há vários sistemas de tipo sangüíneo classificados. Clinicamente, os sistemas ABO e Rhesus (Rh) são os mais importantes.

A incompatibilidade relacionada ao sistema ABO é a mais comum (40% a 50% dos casos de incompatibilidade sangüínea), no entanto, gera pouca repercussão para o neonato, não requerendo tratamento no período pré-natal. A incompatibilidade relacionada ao sistema Rh (5% dos casos de incompatibilidade) pode gerar acometimento fetal grave, necessitando de atenção, portanto, durante a gestação.

Existem mais de 200 tipos de antígenos de hemácias. Em relação ao sistema Rh, os genes Rh produzem vários antígenos, se destacando os antígenos D , C , E , c e e , sendo o antígeno D o mais importantes dentre esses, por ser o mais imunogênico.

O contato do sangue da mãe Rh D negativo com o sangue de um feto Rh D positivo leva ao desenvolvimento de anticorpos (Ac) anti-D (aloimunização). Os anticorpos da classe IgG (imunoglobulina G) atravessam a barreira placentária, causando hemólise no sangue fetal (DHPN), com conseqüente anemia fetal e óbito caso não seja identificada a patologia e instituída conduta pertinente.

Diagnóstico e acompanhamento

O diagnóstico do acometimento fetal pela DHPN inicia-se pela identificação de gestantes de risco para o desenvolvimento da doença: gestantes Rh negativo ou gestantes aloimunizadas (teste de Coombs indireto positivo), com possibilidade de gerar feto com sangue incompatível com o seu (ou seja, parceiro com sangue tipo Rh positivo).

A história pregressa é de grande importância. História de recém-nato anêmico, com icterícia grave e persistente, de feto hidrópico com morte intra-útero ou que necessitou de exsangüinotransfusão devem levantar suspeita quanto à possibilidade de DHPN na gestação atual. Nas gestantes de risco para a doença, deve-se ainda pesquisar o uso de imunoglobulina anti-Rh após parto, abortamento ou propedêutica invasiva em gestação anterior.

Uma vez diagnosticada a gestante sob risco de desenvolver a DHPN deve-se solicitar, na primeira consulta de pré-natal, a tipagem sangüínea (sistema ABO e fator Rh) da gestante e do pai da criança que está sendo gerada e o teste de Coombs indireto da gestante.

Nos casos de gestação com mãe Rh negativo e pai Rh positivo o acompanhamento vai depender do resultado do teste de Coombs indireto.

• Nas gestantes não-aloimunizadas (teste de Coombs indireto negativo) deve-se repetir o mesmo teste com 28, 32 e 36 semanas de gestação (e 40 semanas de gestação caso o parto ainda não tenha ocorrido) de forma a ser diagnosticada a sensibilização materna (ou seja, a produção de anticorpos anti-Rh decorrente do contato com hemácias Rh positivo) durante a gestação.

No pós-parto imediato, deve-se solicitar teste de Coombs direto e fator Rh do recém-nascido, assim como o teste de Coombs indireto na puérpera para orientar a profilaxia da doença.

OBS.: Antígeno D u (variante D u ) : Sua identificação é importante, pois esse antígeno é uma variante do antígeno D do sistema Rh. Nos casos de mãe Rh negativo e recém-nato Rh negativo com antígeno D u positivo, a mãe pode produzir anticorpos (sensibilização) devido à presença do antígeno D u , elevando o risco de DHPN em gestação posterior, caso a mesma não receba a imunoglobulina anti-D no pós-parto.

• Nas gestantes aloimunizadas (teste de Coombs indireto positivo), a conduta das mesmas dependerá da titulação do teste de Coombs . A titulação considerada como crítica para anticorpos anti-D, na maioria dos serviços e rotinas de obstetrícia, é 1:16. Ou seja:

• Títulos inferiores ou iguais a 1:8 indicam repetição mensal até o parto.
• Títulos maiores que 1:8 (ou seja, a partir de 1:16) indicam avaliação adicional do comprometimento fetal, pois podem estar associados a comprometimento do feto (pela hemólise das hemácias fetais pelos anticorpos maternos). Os métodos utilizados para avaliação fetal podem ser divididos em invasivos (amniocentese e cordocentese) e não invasivos (biofísicos: ultra-sonografia, Dopplerfluxometria).

A amniocentese permite avaliar o grupo sangüíneo do feto e a anemia fetal através da concentração de bilirrubina no líquido amniótico. Utiliza-se a curva de Bowman para colocar o feto em 3 zonas de condutas e prognóstico distintos. A zona 3 indica doença grave fetal indicando tratamento imediato do mesmo.

A cordocentese pode avaliar os mesmos parâmetros da amniocentese e permite a realização do tratamento fetal, quando indicado. No entanto, está relacionada a maior risco da aloimunização materna quando comparada a amniocentese, já que facilita a transfusão materno-fetal.

A ultra-sonografia seriada permite observação de sinais sugestivos e evolutivos do comprometimento fetal. São sinais de comprometimento/anemia fetal: espessamento e perda da estrutura placentária (edema), sinal de duplo contorno da bexiga fetal (ascite inicial), aumento da circunferência abdominal fetal (hepatoesplenomegalia), derrame pericárdico e pleural, polidramnia.

A Dopplerfluxometria tem se mostrado método importante para avaliação fetal na DHPN. No feto anêmico, o fluxo sangüíneo fetal é desviado preferencialmente para cérebro para assegurar a oxigenação adequada. O monitoramento do pico da velocidade de fluxo na artéria cerebral média está relacionado ao hematócrito fetal. Utiliza-se a curva de Mari et al. para classificar os fetos em grupos de conduta e prognóstico distintos. O grupo A (onde há velocidade na artéria cerebral média mais aumentada) indica tratamento fetal imediato. A classificação dentro dos grupos B, C e D, determina o intervalo de repetição do exame (de acordo com cada grupo).

Nas gestantes aloimunizadas na gestação atual , o acompanhamento apenas pelos títulos do teste de Coombs indireto com a avaliação fetal com métodos invasivos ou Dopplerfluxometria quando os títulos ultrapassarem a titulação considerada como crítica é adequada.

Porém, nas gestantes previamente aloimunizadas, o acompanhamento apenas pela titulação do Coombs indireto no sangue materno não é adequado, pois a titulação pode não predizer a verdadeira anemia fetal. Nesses casos, a anemia fetal pode ser melhor investigada pela Dopplerfluxometria para avaliação do pico da velocidade de fluxo na artéria cerebral média, sendo indicado método invasivo para avaliação fetal de acordo com os resultados deste exame.

A transfusão fetal é indicada quando o hematócrito fetal está abaixo de 30%.

No acompanhamento da gestante não-aloimunizada deve-se atentar para a profilaxia anti-D que é recomendada entre 28 e 29 semanas de gestação para todas as gestantes Rh negativo não aloimunizadas, que tenham feto com fator Rh positivo ou desconhecido, pela SOGC e pelo American College of Obstetricians and Gynecologists entre outras instituições e autores.

A mortalidade perinatal na aloimunização não tratada fica em torno de 30%. Com o acompanhamento adequado, para que o tratamento correto seja instituído, a mortalidade perinatal tem diminuição importante.

Bibliografia :

• CUNNINGHAM, F.G.; LEVENO, K.J.; BLOOM, S.L.; et al. Williams Obstetrics, 22ª ed. Ed Mc Graw Hill, 2005.
• CHAVES NETTO, H. Obstetrícia Básica , 1ª ed. Ed Atheneu, 2004.
• MOISE Jr, K. J. Management of Rhesus Alloimmunization in Pregnancy. Obstet & Gynecol , v 100, n o 3 , 600-11, 2002.



quarta-feira, 7 de abril de 2010

Chico Xavier ou Jesus Cristo? Qual sua opção?






2010 é o ano do centenário do famoso médium Chico Xavier, aquele que psicografou centenas ou milhares de mensagens de supostos espíritos de pessoas mortas para seus parentes. O filme que relata sua trajetória de vida, e que acabou de ser lançado, já bate recorde de público em todo o Brasil. Mas a que se deve todo esse sucesso? Seriam verídicas as tais mensagens que ele escrevia? O que é o espiritismo, afinal? Espiritismo tem algo a ver com Cristianismo? A idéia de que poderíamos nos comunicar com pessoas que já morreram fascina e atrai cada vez mais pessoas que não tem uma base espiritual sólida, e/ou que buscam conforto após a perda de algum familiar próximo. Espiritismo não tem nada a ver com Cristianismo, mesmo que digam o contrário. Ser cristão significa ser discípulo de Cristo, e o discípulo procura seguir as doutrinas do seu Mestre. E se alguém segue a Doutrina de Jesus, quer dizer que segue a Bíblia, que para o cristão é a Palavra de Deus. Logo, reconhece TODA a Bíblia como autoridade de fé e doutrina. O Espiritismo não pode ser considerado cristão porque:
  • não utiliza a Bíblia como base de suas doutrinas, mas sim os escritos de seus líderes (Exemplo: Léon Hippolyte Ravail, que utilizava o pseudônimo de Allan Kardec, por se dizer a reencarnação de um poeta celta com esse nome);
  • rejeitam a doutrina da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). Crêem em Jesus como sendo o melhor mestre, exemplo e médium como o mundo jamais conheceu, mas que Jesus foi um dos vários salvadores que vieram ao mundo, e não o Único Salvador;
  • defendem que é por meio das obras através dos anos que as almas podem ir progredindo das regiões escuras para as esferas de luz. Não acreditam nem no inferno nem no CéuDefendem a reencarnação. A Bíblia ensina que nossa salvação não é pelas obras para que ninguém se glorie, mas é tudo pela graça de Deus ( Ef 2.8,9; Rm 6.23; Jo 3.16; 2 Co 5.21; Tt 3.5); descrito na Bíblia.
  • praticam a comunicação com os mortos. Essa prática sempre foi condenada por Deus. (Dt 18.10-12; Is 8.19). Lemos no Novo Testamento acerca de demônios que possuíam as pessoas e falavam por intermédio delas coisas alheias ao conhecimento do possesso ( Atos 16.16-18; Mc 5.2-12);
  • os espíritas negam a verdade a respeito de todos os grandes ensinamentos (de Cristo, na Bíblia), como o pecado, a redenção, a ressurreição e a segunda vinda. Se ele estava enganado a respeito de todos seus ensinos fundamentais, como pode ter sido o melhor médium espírita que o mundo já conheceu? Negam a encarnação divina, a ressurreição corpórea de Cristo e a sua ascensão e regresso em forma pessoal. Dizem que ressuscitou somente seu espírito e ascendeu à Sexta esfera espiritual. (Mas a Bíblia ensina que) A base fundamental do evangelho é a divindade de Cristo, seu sacrifício vicário por nossos pecados, sua ressurreição corporal dos mortos e seu regresso visível para levar-nos ao lar que foi preparar para os seus ( Jo 1.1-4, 14: Mt 1.18-23; Jo 3.14-21;Is 53.1-12; 1 Co 15.1-8;14.23;Jo 14.1-6;Lc 24.36-48: At 1.9-11: Mt 24.23,27-31; 1 Ts 4.16-17).
Mesmo assim o Espiritismo vem cativando cada vez mais pessoas.

Entendam que, segundo a Bíblia, a caridade, ou as boas obras, por si só, não significam nada nem possuem peso algum diante da Salvação.

Aprendi e gosto de repetir que não sou salvo porque pratico boa obras, mas devo praticá-las por que sou salvo, por gratidão. Se boas obras servissem para apagar o pecado de alguém, Jesus não precisaria ter morrido para que os que cressem que Ele morreu e ressuscitou fossem salvos. É simples assim!

Sem falar nessa coisa de se "comunicarem com os mortos". Saibam que tanto os anjos como os demônios podem se mover de um lugar para outro e observar as pessoas durante seu dia-a-dia. O que impede os espíritos malígnos (demônios) de observarem a vida de milhares de pessoas e com todas as informações colhidas, se passarem por mortos? Pense nisso.

Um coisa eu tenho certeza. O Espiritismo não é algo de Deus e se você acredita nessas doutrinas espíritas, reflita bastante, pois sua vida pode estar sendo manipulada por algo muito ruim.

Autoria do blog "Cachola Cristã"

terça-feira, 6 de abril de 2010

Crepúsculo

A Obsessão com Crepúsculo
Autora: Berit Kjos, novembro de 2008


"Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela." [Gênesis 3:1-6; ênfase adicionada].

O fruto proibido é o mais doce ao paladar: "Edward não é como os outros rapazes que Isabella conheceu... Bem depressa, eles ficaram envolvidos em um arrebatador e heterodoxo romance — heterodoxo, pois Edward não é realmente como os outros rapazes. Ele pode correr mais depressa do que um leão das montanhas. Ele pode fazer um carro em movimento parar usando unicamente suas mãos. Ah, ele também não envelhece desde 1918. Como todos os vampiros, ele é imortal... Mas ele não tem dentes afiados... E também não bebe sangue humano, embora ele e sua família sejam singulares entre os vampiros nessa escolha de estilo de vida."

A autora recebe a mensagem: "Isabella e Edward foram, literalmente, vozes em minha mente. Elas simplesmente não se silenciavam. Eu ficava até as altas horas da noite tentando digitar todas as coisas que apareciam em minha mente... Este tem sido um verdadeiro trabalho de amor, amor por Edward e por Isabella e todos meus demais amigos imaginários..."

The Wall Street Journal: "Crepúsculo é voltado para a alma coletiva dos adolescentes e certamente encontrará seu caminho até eles."

Mensagem de correio eletrônico de pais preocupados: "Tenho visto muitas jovens cristãs lendo este e outros livros de Stephanie Myers. Eles são tão malignos! Minha filha me diz que a maioria das moças na escola cristã está lendo esses livros." Outro pai escreveu: "Todas as jovens na escola estão lendo esses livros. Sim, é uma escola cristã.".

Se eu tivesse o objetivo de solapar o cristianismo, incitar a rebelião contra os pais, erradicar os valores bíblicos e alastrar o caos moral, faria os adolescentes lerem os livros da série Crepúsculo. Eu os faria afundar suas mentes e emoções no redemoinho emocional tenebroso do ocultismo sensual. Além disso, eu não os advertiria das conseqüências.

Obviamente, meu objetivo real é o oposto: expor esse ataque à fé bíblica e equipar os potenciais leitores com informações que os ajudem a resistir à tentação de participar na jornada coletiva para o reino da mudança de mente do ocultismo. Os pontos a seguir mostram a furiosa guerra espiritual que certamente se intensificará nos próximos anos:

1. Vampiros e lobisomens estão enraizados nas culturas pagãs de todo o mundo. As várias expressões históricas dessas criaturas míticas são manifestações pavorosas e sedentas de sangue de espíritos malignos. Ligadas às trevas, elas eram vistas como criaturas sobrenaturais da noite. As formas mais familiares de hoje foram criadas pelo folclore, pelos contos de fadas e por vilões memoráveis, como o Conde Drácula. Ambas as criaturas foram reimaginadas em formas mais humanizadas por meio dos livros da série Harry Potter e das populares Crônicas Vampirescas, da escritora Anne Rice.

Entretanto, elas não são benignas. O amor arrebatador de Isabella pelo misteriosamente atraente Edward pode ser ficção, mas a obsessão sentida pelas leitoras adolescentes que 'vibram' com Isabella é muito real!! As jovens fãs da série se identificam com o dilema de sua situação, sentem seus temores e 'experimentam' a paixão. Elas gostam da história porque ela desperta emoções fortes e inesquecíveis — o tipo de emoções cativantes que podem melhor ser compartilhadas dentro do grupo de amigas, não com os pais.

Durante o processo, elas também aprendem a desejar os estímulos místicos e paranormais que pertencem ao reino proibido que Deus chama de mal. Conhecendo bem nossas inclinações humanas, Ele nos adverte a evitar todas as formas reais ou imaginárias de ocultismo:

"E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe." [Efésios 5:11-12].

"Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei." [2 Coríntios 6:14-17].

2. A fantasia e a imaginação podem transformar as crenças e valores mais rapidamente do que a realidade. Muitos de nossos leitores defendem seu amor pelo entretenimento ocultista com a seguinte justificativa: "Conheço a diferença entre a realidade e a fantasia." Mas isto não importa! Quer você conheça ou não, a ficção persuasiva e a experiência virtual podem modificar as mentes e implantar memórias duradouras mais eficientemente do que uma experiência real!

As fantasias populares, com suas emoções ilimitadas e imagens inesquecíveis superam o pensamento lógico. As sugestões sutis delas enfrentam pouca resistência consciente. Concebidas para despertar as sensações e produzir fortes respostas emocionais, elas criam novas realidades nas 'mentes abertas' atuais! Como escreveu Chris Dede, um professor na Universidade de Harvard, que é um líder global no desenvolvimento de programas de tecnologia educacional: "A imersão sensorial ajuda os aprendizes a entenderem a realidade por meio da ilusão."

Mas que tipo de realidade os aprendizes encontrarão por meio da ilusão? E como essas ilusões moldam suas vidas? As seguintes Escrituras nos dão uma pista:

"Não comas o pão daquele que tem o olhar maligno, nem cobices as suas iguarias gostosas. Porque, como imaginou no seu coração, assim é ele. Come e bebe, te disse ele; porém o seu coração não está contigo." [Provérbios 23:6-7].

"Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos, antes andaram cada um conforme o propósito do seu coração malvado; por isso trouxe sobre eles todas as palavras desta aliança que lhes mandei que cumprissem, porém não cumpriram." [Jeremias 11:8; ênfase adicionada].

"Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela." [Mateus 5:27-28].

"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna." [Gálatas 6:7-8].

3. Deus nos diz: "Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem." [Romanos 12:9] Quando a juventude de hoje ama a experiência emocional do ocultismo popular, está dessensibilizando seus corações e suas mentes para o mal, está virando as verdades de Deus de cabeça para baixo. Além disso, com uma pequena ajuda da indústria da propaganda, ela já está virando os valores da nação de cabeça para baixo. Tudo isso se encaixa com os planos dos líderes globalistas e daquela antiga serpente em Gênesis.

Marilyn Fergunson escreveu o seguinte em A Conspiração Aquariana: "Somente poderemos ter uma nova sociedade se mudarmos a educação da nova geração." Esse processo requer que as pessoas rejeitem os sábios limites que Deus estabeleceu e "aborreçam" aquilo que Ele chama de bem. Essa mudança está ocorrendo agora!

"Tu amas mais o mal do que o bem, e a mentira mais do que o falar a retidão." [Salmos 52:3].

"Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo! Ai dos que são sábios a seus próprios olhos, e prudentes diante de si mesmos!" [Isaías 5:20-21].

4. O ocultismo supostamente benigno de Crepúsculo produz dissonância cognitiva. Os cristãos comprometidos (em contraste com os cristãos culturais) enfrentam uma forma de confusão mental e moral quando são confrontados com valores incompatíveis. Como a cosmovisão de Crepúsculo se choca com a verdade bíblica, os leitores são forçados a fazer uma escolha: Darão ouvidos aos valores ensinados no lar ou à mensagem tantalizadora desses livros e do filme?

Muitos escolhem o caminho da contemporização. Essa dissonância moral leva os cristãos a modificarem seus valores de modo a solucionar o conflito. Afinal, eles não querem perder seus amigos ou a aprovação do grupo. Todavia, o único modo para obter a vitória com Deus é estar disposto a tomar uma posição pela verdade — seja lá qual for o custo.

"Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério." [2 Timóteo 4:2-5].

5. A conseqüência da contemporização é um novo sistema de crenças. Uma visitante nos escreveu o seguinte: "Esses livros criam uma dependência parecida com as drogas. Se conseguem cativar os cristãos, que deveriam saber melhor, imaginem o que poderão fazer com os leitores que não são cristãos.".

Ela está certa. Como os viciados, os leitores/fãs de Crepúsculo aprendem a desejar mais e mais do mesmo gênero — ou algo ainda mais chocante e sensacional. O único sistema de crenças que conheço que pode apoiar esses anseios sensuais e espirituais é a atual "Nova Espiritualidade" que está surgindo com as mensagens canalizadas de autores ocultistas como Neale Donald Walsch, Marianne Willianson e Barbara Marx Hubbard. Promovendo deuses falsos e práticas estranhas à Bíblia e usando nomes como "Abraão", "Deus" e um falso "Jesus", eles complementam as mentiras originais da serpente.

Os ventos da mudança estão fazendo a fé e os valores que estiveram por trás do sucesso dos EUA se desvanecerem rapidamente. Preenchendo o vácuo está uma ideologia amoral, sedenta de poder e dependente de emoções que se choca com tudo o que era valorizado em nossa nação. Não é surpresa que estejamos enfrentando anarquia social e moral. Mas nosso Deus ainda reina! Ele continua a ser um refúgio para aqueles que O buscam!

"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade... Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido." [2 Timóteo 3:1-14].

6. Redefinindo o mal. Poucos leitores/fãs de Crepúsculo vêem sua nova paixão como algo maligno. Afinal, Edward é um vampiro relativamente bom, não é? Embora deseje o sangue de Isabella, ele consegue reprimir sua vontade. Outros vampiros (e alguns lobisomens) na saga são frios assassinos, mas Edward é um bom moço! Não é? Além disso, a história deu origem a uma nobre missão.

De acordo com um artigo intitulado "Fã de Crepúsculo sabe que não são apenas os vampiros que precisam de sangue", a caloura de faculdade Kayla Urban desenvolveu uma obsessão por vampiros. Ela também é uma doadora de sangue com fixação pela campanha de doação em sua cidade. Para ela, a mistura de fãs/leitores das histórias de vampiros de Crepúsculo e a necessidade de mais doadores de sangue parecem ser uma combinação lógica. A missão dela é nobre, como são também muitos dos projetos de serviço coletivo atuais. Tudo depende de quem define os padrões de certo e errado — Deus ou o homem! Enquanto o padrão de Deus é como uma âncora em uma tempestade, os valores do homem mudam com os ventos. Pois,

"Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" [Jeremias 17:9; ênfase adicionada].

Desde o princípio, a natureza humana buscou alternativas para Deus e Suas diretrizes. A enganação espiritual deu origem aos vastos sistemas de crença ocultistas e à incessante manipulação pelas forças das trevas. Assim, os sacrifícios pagãos — uma corrupção devastadora do plano perfeito de Deus para Seu povo — se tornaram a norma em todas as partes do mundo habitado. A nota pode ajudar a explicar a proibição de Deus à "comunhão com as trevas... e os ídolos", incluindo os vampiros sedentos por sangue.

Quando o sangue é drenado do homem ou de um mamífero, a vida termina. Nos sacrifícios no Antigo Testamento (agora substituídos pela morte e ressurreição de Jesus Cristo), um cordeiro sem mácula morria em lugar do povo de Deus. A morte vicária servia como expiação (pagava a pena pelo pecado), trazendo redenção. Por um período limitado de tempo, o pecado era coberto, o perdão era concedido e a pessoa santificada podia alegremente retornar à santa presença de Deus.

Em contraste, os rituais pagãos freqüentemente envolviam sacrifícios humanos. As forças demoníacas que estavam por trás de Moloque, Baal e outros deuses requeriam sangue humano. O coração pulsante podia ser arrancado de uma vítima ainda viva, seu sangue colocado em uma tigela e oferecido ao "deus" sedento de sangue por aqueles que esperavam receber seus favores. Outros bebiam sangue humano para obter a força de suas vítimas. A cruel e repugnante deusa hindu Káli — com seus cabelos de serpente, colar de crânios humanos e uma comprida língua sangüinária — nos faz lembrar a perene fascinação do homem pela morte, pela crueldade, pelos símbolos da serpente e pelas forças tenebrosas do mal.

Os frios e pálidos vampiros sedentos de sangue do passado eram expressões dessas forças cativantes. Hoje, os modelos mais elegantes e charmosos tornam todas elas ainda mais sedutoras.

O sacrifício humano é proibido na Bíblia. Na verdade, Deus advertiu repetidamente o povo de Israel a não beber sangue, pois o sangue é a vida. Mas o povo não deu ouvidos. Quando eles começaram a copiar os cruéis sacrifícios de crianças de seus vizinhos pagãos, Deus levantou os exércitos de Babilônia para conquistar a terra e exilar seus habitantes.

A morte auto-sacrificial de Jesus Cristo (o cordeiro santo e imaculado de Deus) difere radicalmente desses sacrifícios pagãos. Ele quis entregar Sua vida como expiação pelos nossos pecados e depois ressuscitou vitoriosamente da morte — trocando assim a antiga solução temporária para a depravação humana por uma redenção. Libertos do pecado, aqueles que crêem são unidos a Ele pelo Espírito Santo, um dom glorioso concedido àqueles que O amam, confiam Nele e O seguem.

"Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, amando ao SENHOR teu Deus, dando ouvidos à sua voz, e achegando-te a ele; pois ele é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias; para que fiques na terra que o SENHOR jurou a teus pais, a Abraão, a Isaque, e a Jacó, que lhes havia de dar." [Deuteronômio 30:19-20].

7. O caminho de Deus para a paz e a vitória. Quando escolhemos seguir Seus caminhos, Ele nos dá um coração para O amarmos, olhos espirituais que possam conhecer e amar Sua Palavra, o conforto de Sua presença, e uma confiança em Seu cuidado constante — independente das circunstâncias ao nosso redor. As emoções enganosas de Crepúsculo são mais do que ruins quando comparadas com as maravilhosas riquezas que nosso Pastor promete àqueles que voltam suas costas para o mal e caminham com Ele.

"Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." [Filipenses 4:6-8].

Comentário da Leitora Jane, de Lake Forest, Califórnia

É quase impossível encontrar uma adolescente em nossa cidade que não tenha lido Crepúsculo. Agora, estou encontrando mulheres mais velhas, entre 20 e 30 anos que também estão lendo. Cada uma delas já assistiu ao filme...

Minha filha de 17 anos achou o filme constrangedor e ridículo. Ela ficou pasma ao ver as garotas gritarem extasiadas pelo personagem imaginário, Edward.

Acho que parte daquilo que você ressaltou, é que ler um livro, permitir que nossa mente traga à vida a palavra impressa e personificá-la de acordo com cada um de nós, é muito mais poderoso e duradouro do que as rápidas imagens visuais em um filme. As imagens podem não corresponder à forma como imaginamos ao ler o livro. A resposta de minha filha NÃO foi característica das outras pessoas que assistiram ao filme. Elas gostaram; elas estão dispostas a aceitar qualquer lixo como alimento para suas mentes...
Eu não tinha percebido o súbito aumento no número de garotas que estão se tornando doadoras de sangue. Tenho certeza que a Cruz Vermelha não está interessada em saber, mas eu estou. Enquanto eu estava na Igreja da Comunidade de Saddleback, muitas vezes, a lógica apresentada para alguns projetos estúpidos, caros e sem base bíblica era: 'Se uma pessoa for salva, terá valido a pena.' À medida que observava e aprendia, vi muitas pessoas não salvas; elas ou se afastavam enojadas, estavam ali somente por que era gratuito ou divertido, ou pior, pensavam que estavam salvas, mas não recebiam o pleno evangelho de Jesus Cristo.

Assim, fico de cabelos em pé quando ouço desculpas fajutas para comportamento indesculpável. Todas essas ações levam exatamente para aquilo que você indicou — CONTEMPORIZAÇÃO. Chamo este lugar onde vivemos de 'Vale da Contemporização'. Agora, tenho de dizer que vivemos no país da contemporização.

Acredito que seu artigo ajudará os pais a terem uma pista sobre o comportamento de seus filhos adolescentes (tanto das meninas em busca de amor proibido, quanto de rapazes seguindo o modelo de Edward, o ímã de garotas).

Isto me faz lembrar Sodoma e Gomorra — e do julgamento que se seguiu.

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Mas um pouco de mim, amo esse tema.

Em ambiente de terapia intensiva a sepse tem se tornado a principal causa de IRA. Num estudo prospectivo, a incidência de IRA foi de 19% em pacientes sépticos, 23% naqueles com sepse grave e de 51% em pacientes com choque séptico. A IRA na sepse é geralmente um dos componentes da síndrome de disfunção de múltiplos órgãos e sistemas e a sua presença afeta adversamente o prognóstico destes pacientes. Na fase inicial da sepse alguns pacientes apresentam poliúria inapropriada sem insuficiência renal e na ausência de alteração no fluxo sangüíneo renal. Numa fase mais tardia, a diminuição da resistência vascular sistêmica parece precipitar a IRA associada à retenção de sódio. Neste estágio, a otimização dos parâmetros hemodinâmicos é capaz de restabelecer adequadamente a função renal. A medida que a duração e a gravidade da sepse são perpetuadas, a isquemia, aliada às alterações hemodinâmicas, determinam o quadro de necrose tubular aguda (NTA) e insuficiência renal aguda não reversível. A NTA é o padrão histológico mais comum de IRA nesta situação.
Habitualmente esses pacientes são hipercatabólicos e apresentam elevadas taxas de geração de uréia, necessitando assim sessões de diálise mais intensas e freqüentes, sem possibilidade de remoção de líquidos devido a instabilidade hemodinâmica freqüentemente associada. Distúrbios da coagulação, independentemente da disfunção plaquetária presente na uremia, também ocorrem, o que favorece o surgimento de eventos hemorrágicos durante o uso de anticoagulante no circuito extracorpóreo, de maneira mais usual a heparina.

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TRATAMENTO NÃO DIALÍTICO NA IRA
• Diuréticos
Os diuréticos de alça são freqüentemente utilizados na IRA oligúrica com a finalidade de tratar a hipervolemia e, algumas vezes, de transformá-la em não-oligúrica. A despeito da administração de diuréticos promover aumento do volume urinário e algumas vezes até poliúria, o uso desta classe de fármacos não parece prevenir ou acelerar a recuperação da IRA, nem diminuir a necessidade de diálise ou reduzir a mortalidade2. A infusão contínua parece apresentar maior eficácia e menor incidência de efeitos colaterais do que com o uso de doses intermitentes.

TRATAMENTO DIALÍTICO NA IRA
Classicamente, as principais indicações de diálise no paciente com IRA, incluindo aqueles com sepse, são as mesmas aplicadas para aqueles com insuficiência renal crônica (IRC): hipervolemia e hipercalemia refratárias ao tratamento clínico, uremia e acidose metabólica grave. Até o presente, não se recomenda o início de diálise baseado em níveis determinados de creatinina, uréia ou débito urinário. Mais recentemente, há uma tendência para se indicar diálise mais precocemente nos indivíduos com IRA, evitando-se o surgimento de complicações em virtude da gravidade nesta população específica de indivíduos.

INDICAÇÃO NÃO RENAL DE DIÁLISE NA SEPSE
A resposta inflamatória sistêmica presente na sepse depende, ao menos em parte, da produção e liberação de uma série de mediadores (citocinas, quimocinas, componentes do sistema complemento, leucotrienos, prostaglandinas, etc.) no plasma de pacientes com sepse. Sendo assim, alguns autores têm preconizado o emprego de terapias de depuração extracorpórea, particularmente a hemofiltração contínua, neste cenário, propiciando assim a eliminação destes mediadores através do ultrafiltrado. Alguns trabalhos têm demonstrado efeitos benéficos da hemofiltração sobre os parâmetros hemodinâmicos e o desfecho em modelos experimentais de sepse.
Hemodiálise Intermitente
A hemodiálise intermitente é ainda a modalidade padrão utilizada no tratamento da IRA. Ela é muito efi caz, proporciona depuração elevada de uréia, e a aquisição de inovações, como controle volumétrico de ultrafi ltração e dispositivos de variação de sódio e bicarbonato no banho de diálise, tem permitido um melhor manuseio destes pacientes. A realização de sessões diárias ou seqüenciais (ultrafi ltração isolada seguida de diálise), o emprego de banho com maior concentração de sódio e cálcio e menor temperatura podem diminuir os episódios de instabilidade hemodinâmica relacionados ao procedimento.
• Fluxos, Duração, Membranas e Tampões
Na prescrição da hemodiálise aguda de manutenção sugerimos fl uxo sangüíneo de 250 a 350 ml/min e fl uxo de dialisato de 500 a 700 ml/min. A duração da sessão depende do peso corporal, da depuração do dialisador e da taxa de catabolismo (geralmente situa-se ao redor de 4 a 6 horas de tratamento). Empregam-se preferencialmente membranas biocompatíveis sintéticas ou de celulose modificada, banho com tampão bicarbonato e heparina como anticoagulante convencional. Em situações de risco de sangramento é possível a sua realização sem anticoagulante.
• Hemodiálise Intermitente Diária
É prudente que os pacientes com IRA, principalmente os oligúricos e hipercatabólicos, sejam dialisados diariamente (nível de evidência I). Esta abordagem proporciona melhor controle metabólico, evita volumes excessivos de ultrafi ltração, diminuindo assim a incidência de episódios de hipotensão arterial e, teoricamente, o agravamento da lesão renal.
TERAPIA DIALÍTICA CONTÍNUA
Há uma tendência crescente em se utilizar os procedimentos contínuos, apesar de até o momento não se ter evidências da superioridade dessas modalidades sobre a hemodiálise intermitente4-6. Instabilidade hemodinâmica, suporte nutricional e hipercatabolismo são as principais razões da indicação de procedimentos contínuos. Na vigência de situações de risco de edema cerebral, a realização de diálise contínua parece ser benéfica em relação à hemodiálise convencional, evitando-se assim variações bruscas da concentração de solutos e o risco da síndrome do desequilíbrio.
• Tipo de Acesso
Elas são denominadas de arteriovenosas quando a própria pressão arterial do paciente impulsiona o sangue pelo circuito, geralmente através da punção dos vasos femorais (artéria e veia). Na modalidade venovenosa, um cateter de duplo lume é locado numa veia calibrosa (jugular interna, femoral ou subclávia) e o sangue é impulsionado no sistema por intermédio de uma bomba (freqüentemente do tipo rolete). Na medida do possível evita-se a punção da veia subclávia devido ao risco de trombose e estenose tardias. A veia jugular interna parece proporcionar menor taxa de recirculação que o acesso femoral. As modalidades venovenosas proporcionam maior fl uxo sangüíneo e maior depuração de solutos evitando-se as complicações advindas da punção arterial. Desta forma, as modalidades arteriovenosas devem ser reservadas na indisponibilidade de equipamento ou pessoal para realização de terapia venovenosa.
• Filtros
São compostos de membranas sintéticas, biocompatíveis (indutoras de menor resposta inflamatória) e que possuem elevado coefi ciente de ultrafi ltração tais, como: polisulfona, poliacrilonitrila, poliamida e polimetilmetacrilato. Nos pacientes com IRA há algumas evidências que tais membranas devam ser utilizadas em detrimento daquelas derivadas da celulose.
• Anticoagulação
O método mais utilizado é o da heparinização convencional. Em pacientes com risco de sangramento, tanto a heparina não fracionada como a heparina de baixo peso molecular e os inibidores diretos da trombina, devem ser evitados. Nestas situações a terapia pode ser realizada sem anticoagulação, embora a vida útil do fi ltro seja freqüentemente menor que 24 horas. Uma alternativa à heparina é o emprego da anticoagulação regional com citrato. Para tanto, devem-se medir freqüentemente os níveis de cálcio iônico pós-fi ltro e sistêmico para o ajuste das taxas de infusão da solução de citrato e da reposição de cálcio sistêmico, respectivamente. Em virtude do risco de acúmulo de protamina no paciente com IRA, não se recomenda o uso de anticoagulação regional com heparina e protamina. Quando utilizar heparina de baixo peso molecular deve-se monitorar regularmente (o que é incomum) a atividade anti-fator X ativado.
Banho de Diálise
O dialisato (banho de diálise) e a solução de reposição devem possuir composição eletrolítica semelhante ao plasma ou otimizada para eventual distúrbio hidroeletrolítico e ácido-básico presentes. Portanto, se possível, a utilização de soluções individualizadas é recomendada. O emprego de soluções de diálise peritoneal, com elevadas concentrações de glicose, resulta em oferta excessiva de calorias e freqüentemente hiperglicemia. Tanto o bicarbonato como o lactato podem ser utilizados como tampão na correção da acidose metabólica enquanto que, na vigência de acidose lática e insufi ciência hepática graves, utiliza-se preferencialmente o bicarbonato. Quando se utiliza citrato como anticoagulante regional, esta substância é transformada em bicarbonato no fígado e geralmente dispensa a adição de outro tampão no dialisato.
• Dose de Tratamento
Sabe-se que em pacientes renais crônicos estáveis, há relação entre a dose de diálise e o desfecho (morbimortalidade). Alguns trabalhos mais recentes demonstraram também que tal relação existe na IRA, ou seja, elevadas doses de diálise medidas como depuração de uréia melhoram o prognóstico desses pacientes, porém não há consenso de qual seria a dose mínima de diálise nesta população.
DIÁLISE PERITONEAL
A diálise peritoneal geralmente é reservada para pacientes com catabolismo leve onde predomina a disfunção renal no contexto global. Ela é muito utilizada nos países em desenvolvimento, principalmente na IRA associada à doenças infecciosas como a malária e a leptospirose. O método dialítico é relativamente ineficiente devido à limitação do volume do efluente peritoneal. Além disso, a presença de hipotensão arterial e/ou o uso de drogas vasoativas pode alterar as característicasdo transporte da membrana peritoneal. Apesar do peritôneo ser uma membrana natural, altamente permeável e biocompatível, a diálise peritoneal, na maioria dos países desenvolvidos, é negligenciada como forma de terapêutica dialítica na IRA em decorrência de alguns fatores, tais como: depuração limitada, taxa de ultrafiltração e de remoção de solutos imprevisíveis e risco de peritonite além dos avanços tecnológicos da hemodiálise e das terapias contínuas. Soma-se a isto a mudança do perfil dos pacientes com IRA. São indivíduos mais idosos, com doenças de base mais graves, hipercatabólicos, freqüentemente com sepse e evolução para disfunção de múltiplos órgãos e sistemas. Geralmente possuem patologias intra-abdominais ou apresentam insuficiência respiratória grave o que dificulta tecnicamente a realização da diálise peritoneal. Apesar destas considerações, nos pacientes com IRA associada à infecção com leve a moderado grau de catabolismo8, a diálise peritoneal é uma opção terapêutica eficiente e economicamente viável, principalmente nos países em desenvolvimento. Recentemente, Phu e col.9 demonstraram que pacientes com IRA (a maioria associada à malária) e tratados com hemofiltração apresentaram maior sobrevida em relação ao grupo tratado com diálise peritoneal (mortalidade de 15% versus 47%, respectivamente). No grupo com diálise peritoneal utilizou-se cateter rígido, trocas manuais e sistema aberto o que poderia favorecer a ocorrência de peritonite e afetar adversamente o prognóstico desses indivíduos.

REFERÊNCIAS

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03. Martin SJ, Danziger LH - Continuous infusion of loop diuretics in the critically ill: a review of the literature. Crit Care Med, 1994;22:1323-1329.

04. Kellum JA, Mehta RL, Angus DC et al - The first international consensus conference on continuous renal replacement therapy. Kidney Int, 2002;62:1855- 1863.

05. Yekebas EF, Strate T, Zolmajd S et al - Impact of different modalities of continuous venovenous hemofiltration on sepsis-induced alterations in experimental pancreatitis. Kidney Int, 2002;62:1806-1818.

06. Mehta RL, McDonald B, Gabbai FB et al - A randomized clinical trial of continuous versus intermittent dialysis for acute renal failure. Kidney Int, 2001;60:1154-1163.

07. Ronco C, Bellomo R, Homel P et al - Effects of different doses in continuous veno-venous haemofiltration on outcomes of acute renal failure: a prospective randomized trial. Lancet, 2000; 356:26-30.

08. Chitalia VC, Almeida AF, Rai H et al - Is peritoneal dialysis adequate for hypercatabolic acute renal failure in developing countries? Kidney Int, 2002;61:747-757.

09. Phu NH, Hien TT, Mai NT et al - Hemofiltration and peritoneal dialysis in infectionassociated acute renal failure in Vietnam. N Engl J Med, 2002;347:895-902.